sexta-feira, 27 de abril de 2012

ontem eu brinquei de ser criança

Ontem eu saí mais cedo da salinha em que eu trabalho e vim correndo pra casa. Digamos que fazia muito tempo que eu não tinha vontade de chegar cedo por aqui. Sabe como é. A função depois das 6 da tarde é bem dura: tem banho, tem troca de roupa, tem jantar, tem sobremesa e tem discovery Kids na tv. Andei pensando esses dias e vi que tem pelo menos uns 3 anos que não assisto o Jornal Nacional. Novela das 7 então é artigo de luxo. E olha que já tem bem 1 ano que saí da loucura de agência e estou aqui nesse horário. Mas voltando à vontade de ontem. Cheguei em casa feliz em encontrar os 2 pequenos acordados, já no final do jantar. Daí dispensei a babá, tirei a TV do 45 e coloquei no 18. Sim, a novela das 7, Cheias de Charme, estava começando. Deixei ela ali de trilha e começamos a brincar. Juro, vou ser bem sincera aqui: acho que pela primeira vez(tá, pode ser terceira) eu brinquei com prazer. Eu estava inteiramente ali, mesmo com a TV ligada na novela. Brincamos de fazer careta pra foto,brincamos de leão malavado, elefante esperto e porco cor de rosa. Brincamos de desenhar, de esconde-esconde e eu nem vi o tempo passar. Não tive a menor vontade de espiar o twitter, o facebook e nem mesmo as fotos do instagram. Brinquei feliz, como uma menina mais velha brincando com os seus amiguinhos. E eles adoraram. Se divertiram horrores. Foram apresentados a uma mãe que não conheciam. E eu, à Anna que tinha ficado la na infância.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Mais uma bic, por favor?

Em uma semana de mais uma virose do filho, dessa vez da garganta, e em mais uma madrugada na ativa, olhando para a parede e pensando por que mais uma vez comigo, eu tive a brilhante idéia de começar a riscá-la a cada noite sem dormir. Isso, tipo presidiária mesmo, sabe?
Sei la, ficaria ali o registro de quantas noites eu passo acordada. E ficaria ali também a explicação de tanta olheira, irritação e cansaço.
Uma instalação viva das minhas noites.
Uma pintura quase rupestre.
Um retrato nada poético ou até poético, se você ver com os olhos da arte, de uma realidade difícil, mas que eu tento levar com bom humor.
As noites têm sido assim. entre um quarto e outro. entre uma mamadeira e outra. entre uma ninada e outra.
Dizem que passa.
Com o mais velho passou, mas as vezes as acordadas voltam pra fazer meu coração acelerar de novo.
Com o menor,ainda não.
Enquanto isso, sigo riscando paredes, refém dos sonos deles, prisioneira das minhas noites em claro.

domingo, 8 de abril de 2012

Nessa páscoa eu também ressuscitei.



Tudo pronto para o feriado em São Paulo. Almoço de sexta na casa de amigos queridos, visita de outros que a gente não via ha muito tempo no sábado e domingo no clube com as crianças.
Até que a tal da virose bateu na porta, pegou todo mundo e derrubou nossos planos.
Conto, passo a passo, como isso aconteceu.
3h30 da manhã de sexta o Arthur acorda chorando. Levanto, faço uma mamadeira e me dirijo ao quarto do pequeno. Tetê na boca do Tutu, gorfo na boca da mamãe. Deixo o Arthur no berço e me dirijo correndo ao banheiro. De la, ouço o Rafael (meu marido) correndo para o outro banheiro. Pronto, foi dada a largada para ver quem expelia mais líquidos no final de semana.
Ainda bem que a gente tinha a babá para ajudar com os meninos enquanto a gente tentava se cuidar ne?
NOOOOOOOOOOOT. A babá viajou e era a gente ou a gente mesmo.
E já que estávamos literalmente na merda, o negócio foi tentar sobreviver ao dia.
Enquanto um ia ao banheiro, o outro ficava brincando (ou qualquer coisa parecida com isso) com os meninos. E come arroz.
Enquanto o Arthur dormia, a gente tentava levar o tempo com o Theo. E vai o arroz.
Enquanto os 2 comiam, a gente tentava não se enjoar tanto com o cheiro. Toma Gatorade.
E quando um resolveu dar birra no meio do caos, ele ficou dando birra la mesmo, porque a gente não tinha nem forças pra brigar. Vai o gatorade.
Não preciso nem dizer que o almoço feliz com os amigos aconteceu sem a gente ne?
Alias, de feliz nesse dia só teve a hora que os meninos dormiram e a gente capotou junto.
21h00 da noite.
Que bom que a gente ia poder descansar até as 8, pelo menos.
NOOOOOOOOOOOOOOOOOOT de novo.
O Arthur acordou as 5 da manhã querendo brincar.
E as 5 estávamos la brincando. E indo ao banheiro, claro.
Mas a virose ficou com dó a gente e resolveu ir embora. Aos poucos, mas foi.
E eis que o domingo de páscoa chegou com um presente mais do que especial: o Arthur acordou as 6 da manhã e a gente comemorou como se fosse 10!
Viva!!!!!!!