segunda-feira, 4 de agosto de 2014

e que nome tem isso?

“Você não combina com tristeza”, ouvi logo que entrei na sala.
E a resposta veio em forma de sorriso largo e volumoso.
Mas não era tristeza o que eu sentia.
Também não era essa felicidade sem nome que as vezes invade a gente.
Eu tentei dizer o que era e a língua ficou presa bem no meio do sentimento.
Como chama essa coisa que se sente mas não tem forma?
Essa coisa que faz um ninho bem no meio da gente?
Uma segunda-feira com vontade de ser sexta?
Ela foi embora. E eu fiquei aqui matutando...
E foi logo depois da afirmação que entrei aqui dentro para olhar bem de perto.
Ela tem gosto de vermelho misturado com azul royal.
Tem cheiro cítrico como quem tem vontade de sair aprontando.
E quando a gente pega na mão, puf, vira nuvem com formato de novelo.
Eta coisa difícil de entender.
Que nome tem isso            que me causa uma expressão de tristeza mesmo sorrindo por dentro?
Pensei por horas (mentira, mentira, por que insisto em ser tão exagerada?) e não me vinha um nome que fosse.
Queria poder cutucar ela e dizer: já sei, menina. O sentimento com cara de tristeza, que se parece com felicidade e tem gosto da balinha mais gostosa do pacote tem nome de baile de gala.
Mas como o nome não vem, me encarrego de sentir. E me expressar do jeito que ele assim mandar.
Mas vem cá, deixa eu confessar:
Saber que eu não combino com tristeza me ganhou.
E me fez sentir uma coisa que conheço bem.

E que tem nome. Viva!

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