De repente estavam de mãos dadas falando sobre a vida e sobre o acaso.
Se conheciam o tempo de uma história bem contada.
Versos calmos entremeados por acordes densos.
De repente a conversa virou silêncio e tudo fez sentido.
As palavras se perderam uma das outras e foram se acomodar nas
entrelinhas.
Que ganharam voz.
Quem passasse por ali ouviria. Com certeza.
De repente, o silêncio virou festa acontecendo dentro de cada um.
Virou brinde, virou do avesso.
E se alinhavaram procurando um tamanho que os coubesse.
E ainda no silêncio, ela pensou que é no de repente que moravam as
melhores surpresas.
Recuperou a voz, encontraram o prumo.
E viraram repentistas de si mesmos.
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