Gosto de sentir o coração encostando na boca.
O sangue trotando pelo corpo, fervendo na pele.
Gosto da tensão que precede a chuva, a morte que causa um trovão.
O quase mergulho no abismo da não ideia.
Gosto do outro lado do muro. Não importa qual.
Sempre gostei dos subsolos, de descer a ladeira e encontrar uma paisagem desconhecida na volta.
Não suporto a zona de conforto com seu controle sempre remoto. Quentinha, aconchegante, sem nenhum conflito me tirando o sossego.
Me afogo no raso.
No mar sem ondas.
Na vida coreografada.
Cultivo borboletas.
Frequento abismos.
Troco de pele todo dia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário