Bom seria se para cada problema existisse uma resposta automática. Como
aqueles e-mails programados para quando você sai de férias, sabe?
“O conceito não foi aprovado. Vamos marcar um call para falar sobre
isso?”
A resposta viria logo em seguida:
“Estarei de férias do dia 01 ao dia 31. Para assuntos urgentes, favor falar com
fulana.”
Era só apertar o botãozinho e uuuufa, menos um.
Funcionaria assim também para mensagens no celular. Já no caso de
ligações, bastava um recado bem gravado e pronto.
“ Não aguento mais a sua assistente. Você vai ter que decidir: ou ela ou
eu”.
“Nosso horário de atendimento é de segunda a sexta, das 7h às 9h. Favor
ligar amanhã.”
Já imaginou? Você também podia já deixar gravado algumas opções, como
nos SACs. Olha:
“Para reclamações, digite 2.”’
“ Para informações sobre o outro lado do problema, digite 3.”
“ A qualquer momento, digite 0 para não falar comigo”.
“Você também pode tirar dúvidas no nosso site
nãotrabalhamoscomproblemas.com.br”
Em vários momentos, já me imaginei fingindo ser outra pessoa só para não
ter que lidar com a situação do momento.
“Não, não tenho nada para te oferecer agora, passa mais tarde?”
“Hum, acho que você ligou para a pessoa errada. Sim, esse é meu número,
mas moro em Manaus e não em São Paulo.”
Pronto. Saída automática pela esquerda.
Mas na vida e nos problemas reais, a coisa não acontece assim.
Você dorme, acorda e puf, eles continuam lá.
Você viaja, olha pela janela e a paisagem, de repente, fica nublada,
como a névoa dos problemas que te afligem.
Então, o negócio é encontrar uma resposta, automática ou não, dentro de
você.
E resolver.
Porque as férias acabam.
O trote é descoberto.
O site dá problema.
E, cedo ou tarde, a fatura chega.
Ahhh, pode ter certeza disso.
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