segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

melô do chororô

O meu berço é bonitinho. O meu berço é quentinho. Nele eu posso descansar então por que eu não quero nanar? A parede é divertida. O lençol é colorido O Gugu é meu amigo Então por que la eu sempre vejo perigo? Choro, choro, até cansar. Papai e mamãe entram e saem pra ajudar Mesmo assim eu não quero dormir Faço de tudo pra sair. Tem um tal de nana nenê que todo mundo diz que dá muito certo Mas lá em casa não funciona choro, choro, tiro todo mundo da cama. Mesmo com a pepeta e o pano tudo parece estranho vai chegando a hora de dormir e eu só penso: como eu posso fugir? Choro, choro, até cansar. Papai e mamãe entram e saem pra ajudar Mesmo assim eu não quero dormir Faço de tudo pra sair.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Feliz Ano novo

Ultimamente tenho perdido a dignidade fácil, fácil. Em pequenas coisas, em coisas do dia-a-dia. E ,do nada, lá vai ela, indo embora sem nem me dar uma mão. Já perdi a dignidade na piscina, com o sutiã na barriga. Já perdi a dignidade no Natal,mostrando a bunda pro Papai Noel (tem um post aqui nesse blog contando o causo). Perdi a dignidade levando xixizada na cara, bolo na roupa, escorregão na rua. E não é que essa tal de dignidade resolveu me largar justo no primeiro dia do ano? Olha só se não foi uma coisa difícil, veja você. Passei um reveillon incrível, num lugar incrível, sol, praia, lua cheia. Acordei de madrugada para ir embora. O paraíso ficava ha 2h30 de Salvador. Peguei a van, 5 horas da manhã (olha, dá até letra de música sertaneja) e fomos bonitinhos na estrada. As crianças dormindo, os amigos dormindo, o motorista suado dirigindo. E eu? Existindo com uma dorzinha na barriga que insistia em ir e voltar. Ela ia, voltava, ia, ia IA IA IAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA e não foi embora mais. Nada de posto de gasolina, nada de um lugarzinho bonitinho para eu aliviar a minha dor. Respira fundo, yoga, senta dali, engole o pum daqui. "Moço, assim que tiver um posto você PÁRA pelo amor de Deus". E nada do posto aparecer e nem do moço parar. As crianças dormindo, os amigos dormindo, o Rafa dormindo e eu engolindo, engolindo, engolindo. Até que não aguentei, cutuquei o motorista gordo suado e pedi pra descer. "PáraaquimoçopeloamordeDeussenãonãosei o que vou FAZERRRRRR". O moço pára, as crianças acordam, os amigos acordam, o Rafa acorda, o motorista gordo suado procurando uns papeizinhos no porta-luvas (até que isso foi bonitinho contando agora) e eu passando por cima de tudo pra sair da van. Saíííííííííí. Ufa. Dignidade zero, estrada lotada e eu ali, deixando 2012 ir embora rapidamente. Subi na van leve, leve. Fiz cara de phina, plena e apoteótica. E na chegada ao aeroporto, ainda ganhei uma piscadela do meu amigo motorista gordo e suado.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

25 dias sem babá depois....

Quero falar sem ter que me abaixar. Quero ver outros programas. Quero ir pra piscina pra tomar um sol e não pra entreter. Quero comer com duas mãos e não a quatro. Quero acordar quando abrir os olhos. Quero dormir por sono e não por medo da manhã seguinte. Quero conversar outros assuntos, ficar sentada olhando para o nada. Quero me desprogramar. E viver uma vida de cada vez. Tudo isso por alguns dias. Ou por um só. Ou até quando sentir saudades de me virar em 3, 24 horas por dia, de novo.