quinta-feira, 27 de setembro de 2012

@annacomfamosos

No dia atrás de ontem, como diria meu filho Theo, eu voltei a ter 13 anos. E como foi bom voltar a ser adolescente. Fui em uma festa em plena segunda-feira (não eu não fazia isso quando era adolescente), mas agora que eu posso ser adolescente, mesmo sendo adulta, eu posso. E fui. E foi maravilhosa. Não é que tenha sido a melhor festa da minha vida. Não foi. Mas a Anna Karina que estava la era, com certeza, uma das minhas melhores versões. Sabe quando dá tudo certo? A maquiagem fluiu, a roupa coube direitinho, o sapato improvisado foi o perfeito, as companhias não poderiam ter sido melhores, a bateria do celular durou até o fim e o humor me acompanhou no seu melhor estilo. Tirei todas as amarras e aproveitei tudo, sem nenhum filtro. A vergonha de tirar fotos com famosos ficou do lado de fora, o medo de errar a música no show ganhou a sua coragem e la estava eu, cantando com a Preta Gil, abraçando transeuntes, tirando fotos com semi-famosos e me divertindo a valer. Não teve Latino, Ceará, Sérgio Marone ou Gabriel, o pensador, que me fizesse me esconder atrás do celular. Pelo contrário, posei ,fiz caras e bocas e até a direção das fotos com todos eles. “Não, minha querida, a sua foto não ficou boa. Tira de novo fazendo carão?” “Ei, ele está agora tirando foto com a Anna Karina, conhece? Então muito prazer. O Gustavo Lima que espere.” “Ah, gostou do meu vestido? Muito obrigada. O seu também é lindo.” E postei todas elas no meu instagram, veja você. Sem nenhum medo de ser feliz. Vergonha? Por que? Aposto que muita gente deu boas risadas com elas. Críticas? Ah, muita gente deve ter pensado: “xiii, la vem a Anna com esse amor enrustido pelos famosos.” Sim, eu gosto de famosos, nunca neguei. Mas na segunda-feira, a minha alegria teve uma importância bem maior que todos eles. (alias, qual a importância que eles têm mesmo?) Tive meus 13 anos de volta. E, olha que maravilha, não tinha hora pra voltar pra casa e nem um pai e uma mãe me esperando na sala. Cheguei bonitinha e ainda ganhei um beijo de boa noite do meu príncipe encantado.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Quanto peso você carrega na sua gravidez?

Esses dias uma amiga grávida de primeira barriga me perguntou, desesperada, o que ela precisava comprar ou não pro seu bebê. “Nossa, é tanta coisa, tanta lista que estou perdida. Não consigo decidir nada, não vou conseguir comprar tudo.” Minha primeira reação foi escrever um e-mail com tudo que eu achava que, necessariamente, ela ia usar. Mas fiz diferente. Antes de ser mais uma a sair falando o que comprar ou não, resolvi acalmá-la e falei uma coisa que fez todo sentido pra mim, mas que quando fui também mãe de primeira barriga, não pensei: “Você não precisa sair comprando tudo que as milhões de listas mandam. Primeiro porque nem tudo que está lá você realmente precisa. E segundo porque você pode comprar depois que o seu bebê nascer, na medida em que for precisando.” Não parece óbvio isso? Porque é que a gente tem que comprar TUDO correndoesbaforidadesesperada antes do bebê nascer? Existe vida depois que o bebê nasce, minha querida. E uma vida bem agitada, diga-se de passagem. E não é porque você teve um filho que nunca mais vai poder sair de casa para comprar uma meia. Concorda? Me lembro de comprar, grávida de 5 meses, uma panela de ágata para fazer as papinhas do meu filho. Mas escuta? Eu estava com 5 meses de gravidez e meu filho só foi comer papinha com 7 meses de vida. Por que então eu tinha essa necessidade de sair correndo procurando de loja em loja a tal panela de ágata? Porque as listas diziam que eu tinha que ter a panela. E a ansiedade em torno desse universo nos obrigada a entrar na maternidade com a vida do seu filho planejada pelo menos até 1 ano de idade. Ufa. Então, querida barriga, não se desespere, não se martirize, não se sobrecarregue com esse monte de TEM QUE da sua gravidez. Se eu pudesse te dar um conselho nesse período, seria: carregue apenas a sua barriga durantes esses 9 meses.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

melhor que imaginar é viver

Sabe, filho. Antes de você nascer, antes mesmo deu engravidar de você, imaginei milhões de coisas. Primeiro imaginei você menina cheio de cachinhos e lacinhos e vestidinhos modernos correndo pela casa. Depois, quando o ultrassom mostrou a tartaruguinha bem no meio das suas perninhas, imaginei você já grande, correndo pela casa. Imaginei as músicas que hoje eu canto pra você, imaginei você grudado em mim, fazendo tudo comigo, me chamando o tempo inteiro. Imaginei os cachinhos que depois se formaram na sua cabeça, imaginei o tom da sua voz e até a nossa forte amizade. Quanta criatividade, filho. E nessa ansiedade toda, não imaginei suas birras, não imaginei o seu gênio forte e nem a sua total dependência pelo seu pai. Não imaginei a minha falta de paciência, o meu nervoso, a minha culpa por sair da linha quando o que eu mais queria era soltar pipa bem de leve com você. Eu não imaginei o “mamãe não, só o papai”, eu não imaginei as noites sem dormir e nem os dias de 48 horas que você milagrosamente fabrica, principalmente quando é fim-de-semana. Quanta imagem, filho. Imagem em ação, imaginação. Eu também não imaginava aprender tanto com você.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Ah a poesia infantil...

"Papai, atrás de hoje, eu tavo no Porto Alegre, ne?" Sim, filho. O passado das coisas está sempre atrás mesmo. E a vida seguiu na poesia dos seus desenhos....