terça-feira, 30 de abril de 2013

Erro de sistema

Entrei no site da Polícia Federal e preenchi todo o formulário para fazer o primeiro passaporte dos meninos. Depois entrei de novo para imprimir a GRU. Levei o Arthur para tirar foto. E tirar foto de uma criança de 2 anos, cá pra nós, não é coisa tão simples assim. Acordei cedo, arrumei os meninos, dei café, escovei os dentes, mataram a aula, marido se empenhou para ir junto. Pegamos o maior trânsito da vida, a maior fila pra entrar, outra la dentro pra sermos chamados para o horário das 8h30. Chegamos la. Nome por favor: Theo e Arthur. Horário: 8h30 e 8h35. Hoje? Sim, hoje. Hum, tem o protocolo ai? Protocolo. Não, senhora, é pro dia 28 de maio. De maio? Ué, achei que fosse hoje, 28 de abril. Hoje é dia 30, senhora. Ai, vou me matar. O que é que é isso, senhora. Por favor, não. Cara de bunda. Engole o choro. fim.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Tempo ao tempo.

Ontem me frustrei tanto, meu filho... E vi você se frustrando junto comigo. Tentei tirar a sua fralda porque já achei que estava na hora. Você é tão falante, tão esperto... Mas vi que isso nada tem a ver com o tempo das coisas. E me precipitei achando que você já estava pronto para ser engolido pelo barulho do vaso sanitário. E você me mostrou rápido que a velocidade do pensamento nada tem a ver com a dos sentidos. Você ficou 11 horas sem fazer xixi. E me falou do seu medo. Você sempre tão claro com os seus sentimentos. E eu entendi. E voltei com a fralda. E te expliquei tudo direitinho. E combinamos juntos de nos ensinarmos a passar por mais esta fase. Coloquei a fralda em você e a frustração de lado. Porque ela é minha, não sua. Você me respondeu com um sorriso e disse: Tutu ta feliz, mamãe. Ta feliz com a falda. Você feliz me faz feliz. sempre.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Continue a nadar, continue a nadar!

O Theo ganhou um peixe da babá. Lindinho, azulzinho, preso ao seu pequeno espaço chamado aquário. Deu-lhe o nome de Power Ranger. Deu-lhe comidinha e satisfação, sempre que saía de casa. Beijinhos, altas conversas, boa noite todas as noites. Mas depois de uma delas, o Power Ranger perdeu a força. E nem boiou no aquário. Ficou ali embaixo, deitadinho mesmo. Enquanto o Theo brincava com as pedrinhas, me encarreguei de encontrar um novo lar para o amigo. Lixo ou privada? Lixo. E para lá ele foi. Assim mesmo. Sem nenhuma cerimônia. Sem nenhuma sensibilidade da mãe. E o Theo passou o dia bem. Mas foi no final dele que a morte do peixinho pesou. Theo chorou. A mãe perguntou e se chocou. “ Tô triste com a morte do peixinho, mamãe”. “Ele está bem, meu filho. Foi para um lago lindo, colorido, onde todos os peixinhos que um dia moraram em um aquário vão. Ele está feliz, nadando com os amiguinhos.” “ O meu peixinho não foi para este lago, não, mamãe. Ele foi pro lixo, eu vi”.