terça-feira, 9 de abril de 2013

Continue a nadar, continue a nadar!

O Theo ganhou um peixe da babá. Lindinho, azulzinho, preso ao seu pequeno espaço chamado aquário. Deu-lhe o nome de Power Ranger. Deu-lhe comidinha e satisfação, sempre que saía de casa. Beijinhos, altas conversas, boa noite todas as noites. Mas depois de uma delas, o Power Ranger perdeu a força. E nem boiou no aquário. Ficou ali embaixo, deitadinho mesmo. Enquanto o Theo brincava com as pedrinhas, me encarreguei de encontrar um novo lar para o amigo. Lixo ou privada? Lixo. E para lá ele foi. Assim mesmo. Sem nenhuma cerimônia. Sem nenhuma sensibilidade da mãe. E o Theo passou o dia bem. Mas foi no final dele que a morte do peixinho pesou. Theo chorou. A mãe perguntou e se chocou. “ Tô triste com a morte do peixinho, mamãe”. “Ele está bem, meu filho. Foi para um lago lindo, colorido, onde todos os peixinhos que um dia moraram em um aquário vão. Ele está feliz, nadando com os amiguinhos.” “ O meu peixinho não foi para este lago, não, mamãe. Ele foi pro lixo, eu vi”.

2 comentários:

  1. Precisamos entrar com ensinamentos budistas na edução dessa criança... O lixo é um fenômeno que nasce junto com o olhar de quem vê... aloca!

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  2. UHAUHAUAHUAHUAHAUHAUHAUAHA.amei! acho que o Theo tem potencial para estes ensinamentos. vou começar!!!!!

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