
segunda-feira, 25 de junho de 2012
Balada. só que ao contrário.

segunda-feira, 18 de junho de 2012
Pelo menos
Nunca gostei muito de usar essa expressão na minha vida. Sei la, me parece derrotista. Aceitar o pelo menos é se contentar com pouco. É não chegar no máximo, viver com o mínimo necessário.
Mas semana passada eu me agarrei no pelo menos para sobreviver às tantas adversidades.
Quarta-feira fui pra Goiânia no lançamento do livro do meu pai. Cheguei 1 hora antes, como sempre faço, e fui fazer o check-in quando fui informada por uma atendente blasé que o meu vôo tinha sido cancelado. Como assim? Sim, senhora. O aeroporto fechou, nenhuma aeronave chegou e o vôo cancelou. A senhora foi realocada para o vôo das 14h00.
Puta da vida, respirei fundo e pensei: ok, pelo menos posso ficar na sala da Amex lendo um livro, bebericando e comericando o que quiser.
Mas antes passei na livraria do aeroporto para comprar um livro. Enquanto estava la, tranquila, escolhendo a minha companhia para aquelas 5 horas de espera, senti uma mão no meu ombro e depois ouvi a pergunta: "Eric?".
ALO? Alguém me chamando de Eric?
Me viro e um ser estranho (provavelmente tão estranho quanto esse tal de Eric), assustado, me pede mil desculpas pelo ocorrido. A minha única frase pra bizarrice: "Eric? Eu sou menina, pôxa."
Pronto, passado o ocorrido penso: pelo menos achei o livro que eu queria (Feliz por nada, da Martha Medeiros. super recomendo).
Vou pra salinha cativa da Amex e por la fico durante 5 horas. Não saio sem antes cortar o dedo na latinha de Coca-Cola, encontrar o Silvio de Abreu, o Xuxa e a Magic Paula.
Ufa, pelo menos o vôo não atrasou.
Entro no avião e começo a sentir um cheiro estranho, mas conhecido. Putz, lembro que é o cheiro do óleo caríssimo que está dano O jeito no meu cabelo. Abro a mala e o que encontro? O óleo quebrado, as roupas sujas e tudo, tudo melecado.
Ali, agachada no corredor tentando salvar o que pudesse ali da mala, escuto do chefe de cabine :
"Pelo menos o óleo é cheiroso, ne? Já imaginou se fosse óleo de peixe?"
Só respondi: " é, pelo menos é."
terça-feira, 5 de junho de 2012
Comer em casa. Tudo menos saudável.
Passei anos da minha vida trabalhando fora. E, consequentemente, almoçando fora. Quem me conhece sabe o valor que eu dou para o almoço. É o momento de conversar, de comer gostosinho e de dar uma pausa no meu dia.
Mas não tinha um dia lá na agência, na hora do almoço, que eu não pensava nas crianças. Em almoçar com elas em casa, passar pra dar um beijinho e comer saudável.
Pensava, me culpava por não ir até la, mas acabava me distraindo com o papo do almoço, com o cafezinho e a sobremesa. E assim foi.
Hoje almoço quase todos os dias em casa. E posso dizer?
É um show de horror.
É a sala cheia de brinquedos espalhados pelo chão.
É o Arthur chorando no cadeirão porque não quer comer, porque quer a mamãe ao lado e o cocó no DVD.
É eu brigando por mais só uma colherada e pronto.
É a gelatina no chão, o iogurte no uniforme.
E no meio disso tudo tem eu comendo, eu gritando, eu engolindo, eu dividindo a comida porque assim ele come melhor.
A salada antes e depois o principal? Desconheço. É tudo junto e misturado, minha querida.
O cafezinho junto com a sobremesa? Não, meu amor. É a sobra da gelatina, o pedaço da fruta que caiu no chão.
Os papos divertidos que se estendiam um pouco mais? Hummm, melhor não.
É glamour zero, benhê. E digestão zero também.
Alguém ai entrou nessa loucura junto comigo ou eu tô sozinha, além de almoçar sozinha em casa?
Saudades dos almoços cheios de culpa, de gordura e de açúcar no final.
Esses sim eram saudáveis.
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