quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Entre sem bater


Aprendi a olhar a vida através de portas.
Assim consigo ser feliz mesmo estando triste.
Ou ser triste, dentro das inúmeras alegrias da vida.
Quem nunca quis chorar numa festa de aniversário?
Ou teve vontade de rir em uma situação em que todo mundo estava muito, muito sério?
Quando eu quero chafurdar em problemas, abro a porta cinza. É lá que entulhei todos eles um pouco antes de sair.
Entro, sento em cadeiras duras e ninguém me oferece café. Ok, neste cantinho só eu ofereço o pouco que tenho. E assim é.
Quando quero viajar, abro a porta imaginária com vista para o mar. Deito em minha rede de algodão, peço um drink, ou não, e vôo sem me preocupar com a volta.
Para os dias de preguiça, a porta laranja. Dizem que a cor revigora.
Para pensamentos ousados, a porta escondida. Entro la e só me acham quando E SE eu quiser. HA HA HA
Para os dias de nervoso, a acústica. Grito à vontade e saio de lá novinha.
Recomendo pra você também. Faz um bem danado.
Tem uma porta que é secreta e só eu tenho o código. Ou quem sabe me ler. Vai saber...
Tem a porta das brincadeiras. Essa fica escancarada. Entre sempre que quiser.
 A porta das mágoas é tão molhada que nem vale a pena entrar. Deixa ela lá, curtindo o seu mofo.
Ah, e tem uma porta muito, mas muito pequena que é pra eu me encaixar quando o mundo fica grande demais pra mim.
Isso acontece algumas vezes.
Tem a porta do amor. Essa eu nem preciso contar a cor.
E tem a porta que eu abro toda quinta.
Essa tem acesso à todas as outras. Que se abrem juntas, para dar uma arejada.
A porta dos fundos está na moda.
Mas por aqui, todas as portas são de frente.
O que não quer dizer que não tenham escada para o subsolo.

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