domingo, 18 de dezembro de 2011

O ano acaba quando mesmo?




Dezembro me deixou mais uma cicatriz.
Sexta-feira acordei com uma dor estranha na barriga. Parecia dor de estômago.
Tomei um remedinho e nada. Junto com a dor, veio também um enjôo.
Junto com a dor e o enjôo, um bebê de 11 meses, com infecção na garganta, que só queria saber de colo.
La pelas 13h00, fiz o Arthur dormir e achei que também ia tirar uma sonequinha.
Mas a dor só aumentava. O vômito também.
Liguei pro eu irmão, deixei o Arthur com a funcionária da minha mãe e fui pro hospital. Meus pais estavam no sítio com o Theo. Levaram ele pra eu descansar um pouco.
A saga aos hospitais de Goiânia vale um outro post.
Pois bem. Depois de algumas horas rodando, cheguei em um que parecia confiável.
Já da pra imaginar como eu estava de dor, não é? Branca, vesga, praticamente uma corcunda moribunda gorfenta.
Consegui que me atendessem logo. Exame daqui, sangue dali, ultrasson e o diagnóstico: apendicite quase supurando.
“Tem que operar agora”, disse o médico. “ Vamos internar você e sua cirugia vai ser às 19h00”.
Isso eram 18h00. E eu estava sozinha num hospital que eu não conhecia e ia ser operada por um médico que eu nunca tinha visto na vida.
Meus pais estavam vindo pra Goiânia, o Arthur em casa com a Maria, meus avós viajando e o Rafa em São Paulo.
Eu chorava, tremia, ligava, fazia os procedimentos pra internação, tirava todos os metais do corpo e já subia pra sala de cirurgia.
La não é que eu tremia. Eu pulava na maca.
Estava com medo, claro. Mas sentia um misto de pena de mim mesma, preocupação com os meninos em casa e dor.
O médico conversou bastante comigo e descobrimos que ele era amigo de longa data do meu pai.
Isso me deixou mais tranquila.
Saí da sala de cirurgia e meus pais já estavam no quarto. Depois de 2 dias no hospital, fui pra casa.
Não posso pegar os meninos no colo, não posso comer nada gorduroso e nem dirigir.
O Arthur faz 1 ano no dia 21 agora. Me lembro que nessa mesma época com o Theo, quebrei o pé e tive que por pinos.
Os meninos aprendem a andar justo quando eu não posso. Isso deve ter algum motivo.
Ainda não sei qual é.
Fazer repouso quando seus filhos estão na fase de maior movimento deve ter algum significado.
Espero, de verdade, não ter que passar de novo por isso pra descobrir.

Um comentário:

  1. Menina, que férias são essas?
    Essa do apêndica veio pra coroar, hein? Passei por essa cirurgia com 15 anos, sei exatamento o que vc passou e tá passando. Boa sorte ora vc. Bjão :)

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