sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Parabéns pra mim



Ontem foi aniversário da minha mãe e viemos antes pra passar o dia com ela. Combinamos de sair pra jantar de noite e, como a monga da babá não conseguiu cativar os meninos, tivemos que levar os 2 junto.
Foi uma bizarrice sem limites.
Depois de 30 minutos escutando o Arthur chorar, decidi trazer ele em casa.
Era só dar um banho, um mamá e pronto. Ele ia dormir e eu voltar pra festa.
Mas claro que não foi tão simples assim né? O sono insuportável que ele sentia no restaurante foi pro ralo junto com a água do banho. Dei mamadeira, coloquei no berço, peguei no colo, ninei, coloquei de volta no berço, cantei, rezei e quando ele estava quase, quase dormindo, meu irmão entrou no quarto pra avisar que teve que trazer o Theo que também estava chorando de sono.
Pronto. O Arthur acordou, eu fui trocar o Theo, o Arthur chorou, meu irmão tentou ajudar, o Theo dormiu, meu irmão voltou pra festa, o Arthur despertou e eu, adivinha? Chorei.
Mas não é que eu chorei assim, como em cena emocionante de novela. Eu urrei.
Chorei por tudo que eu ainda não tinha chorado nesse mês.
Chorei pela birra que o Theo fez na rua, chorei pela babá de férias, chorei pelas noites sem dormir, chorei pela babá que assistia a tudo do sofá, enquanto também assistia a novela, chorei por ter perdido o Rene beijando o Pereirão, chorei pelo meu tio desempregado, chorei pelo outro tio na UTI e chorei por não estar comemorando o aniversário com a minha mãe.
Dai o Arthur achou engraçado o barulho que eu fazia chorando e começou a rir.
Daí que eu achei isso a graça mais engraçada do mundo e ri também.
E pronto. Do nada, minha noite virou uma festa.
E eu vi que a gente pode encontrar uma gargalhada perdida no meio do choro.

Um comentário:

  1. Lindo, Annita... formaram-se gordas águas nas bolsas inferiores das pálpebras.

    ResponderExcluir